Faleceu, no dia 1 de janeiro, a professora Margarida Davina Andreatta, do Museu Paulista da USP. Pioneira no campo da Arqueologia Histórica e Industrial no Brasil, a docente ingressou no Museu Paulista em 1972, mantendo-se sempre ativa na instituição e lecionando no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, onde formou mestres e doutores.
Por mais de quatro décadas trabalhou em 54 sítios arqueológicos em diferentes localidades do país, datados do período colonial brasileiro e dos séculos 19 e 20, incluindo sítios rurais e urbanos, alguns dos quais caracterizados como patrimônio industrial.
Pesquisas arqueológicas inovadoras em pleno centro de São Paulo, em sítios como o Anhangabaú ou o Solar da Marquesa de Santos, foram resultado de seu trabalho em convênio com o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura.
Em sua carreira, agregou jovens estudantes e outros arqueólogos dedicando-se, durante seus últimos anos de vida, também à organização e sistematização do conjunto múltiplo e complexo de anotações, croquis, fotografias e outros documentos produzidos no contexto das pesquisas de campo que realizava.
Foi a primeira ganhadora do Prêmio Trajetória em 2009, conferido pela Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em solenidade no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, em reconhecimento ao papel fundamental que exerceu na Arqueologia nacional.
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