Veja dicas de professores, psicólogos e de vestibulandos para saber como estudar para o vestibular sem se estressar. Confira as dicas
(Crédito: Shutterstock.com)
Para combater o estresse os estudantes devem cobrar atitudes e não resultados
A ansiedade, tensão e pressão vivenciadas pelos vestibulandos durante o ano de estudos que antecede as provas é muito grande. Fica a dúvida entre jovens, pais e professores se seria possível viver essa fase sem se estressar. A Universia Brasil conversou com professores, psicólogos e os próprios candidatos para saber como lidar com essas emoções e ser bem-sucedido na busca pela vaga tão sonhada na universidade. Confira dicas e exemplos de estudantes para ajudar você:
A estudante Natália Sato, 20 anos, veio de Rondônia para São Paulo com o objetivo de passar em medicina em uma universidade pública. Acordada desde as cinco horas da manhã, ela só termina sua rotina de estudos à noite, por voltas das nove horas. “Já cansei de ouvir gente falando para eu desistir porque é muito difícil, mas não quero outros cursos, não consigo me ver em outro lugar”, diz. A estudante faz cursinho há três anos e conta que o principal sentimento de quem está nessa fase é a pressão. “A pior cobrança é a minha. Você fica tensa porque estudou o ano inteiro e sente a responsabilidade de ir bem, se não vai ser como um ano jogado fora.”
Para a professora e pesquisadora do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo)Henriette Morato a expectativa dos candidatos é um dos principais fatores que geram o estresse. “O jovem convive com uma série de expectativas: pessoais, dos pais e também da sociedade”. Mesmo assim, é possível adotar algumas medidas de proteção para evitar que a ansiedade se desenvolva para algo pior, como a depressão.
O médico psiquiatra especialista em psiquiatria e transtornos de ansiedade e professor de química do cursinho Anglo VestibularesCelso Lopes de Souza forneceu alguns hábitos que os estudantes devem ter para evitar o estresse durante a fase do vestibular, confira:
Como evitar o estresse: Praticar atividades físicas
“Com 20 minutos de exercícios, quatro vezes por semana, os efeitos preventivos das atividades físicas são bastante intensos”, explica Souza. O professor aconselha os alunos a manterem esse hábito. “São mais do que conhecidos os benefícios dos exercícios físicos para a saúde”, diz.
Como evitar o estresse: Sono equilibrado
Para evitar o estresse, não é apenas o número de horas de descanso, mas também a regularidade do sono que conta. “A manutenção do ciclo circadiano (que influencia, por exemplo, a digestão, a renovação das células, a temperatura do corpo, etc.) também é bastante protetora para impedir que quadros de ansiedade apareçam”, completa o médico.
Como evitar o estresse: Evitar o uso de estimulantes
Souza explica que “o uso de cafeína, álcool e bebidas energéticas contribuem muito para o aumento da ansiedade”. O professor diz que ao ignorar esses três hábitos, os estudantes correm o risco de entrar em um ciclo vicioso: não cuidam da saúde com exercícios físicos, consequentemente perdem o sono equilibrado e acabam recorrendo aos estimulantes, como o café, para conseguir estudar.
Além desses fatores, é importe prestar atenção para seus pensamentos. Citando o filósofo grego Epitectus, o médico esclarece a situação, “os homens são perturbados não pelas coisas em si, mas pelo que pensam sobre elas. O aluno começa a ter pensamentos catastróficos, por exemplo, que não vai se lembrar de nada na hora da prova e isso chega a influenciar sua saúde física. Seus batimentos cardíacos aceleram e ele entende que está ansioso, começa a passar mal, ter dor de barriga e brancos durante as provas”, diz.
É importante que você mantenha o equilíbrio, pois a ansiedade exagerada pode levar à depressão. Alguns sintomas desse quadro são alterações do sono (falta ou excesso), diminuição de interesse e da concentração, sensação de dreno de energia, culpabilidade exagerada, alterações de apetite e pensamentos catastróficos. “São sentimentos que chamados de ‘os três is’: insuportável, impossível e interminável. Para combatê-los os estudantes devem cobrar atitudes e não resultados”, completa Souza.