O Centro de Estudos Japoneses da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizou, nos últimos dias 28 e 29 de novembro, o evento “Artes tradicionais do Japão: Ikebana e Cerimônia do Chá”.
A ocasião contou com uma mostra promovida pelos alunos do curso de Ikebana, realizado durante este ano na Casa de Cultura Japonesa. Entre arranjos bem pensados e conversas informais, nossas lentes captaram os segredos por trás dessa arte milenar que ensina seus aprendizes a valorizar paciência e a convivência com o próximo:
Ikebana é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como kado — a via das flores. Há mais de duas décadas, o Centro de Estudos Japoneses oferece anualmente o Curso de Difusão Cultural de “Ikebana” | Foto: Denis Pacheco
O curso dura um ano, as aulas começam em março, e se encerram em novembro com uma exposição no saguão da Casa de Cultura Japonesa da USP. As turmas têm até 30 alunos | Foto: Marcos Santos
A atividade não é paga, mas é cobrada uma taxa de inscrição simbólica de 28 reais e 30 reais para os materiais | Foto: Denis Pacheco
A turma se reúne uma vez por semana, ao meio dia, durante as sextas-feiras. Os encontros são uma combinação de aulas teóricas e práticas | Foto: Marcos Santos
Para a coordenadora da iniciativa, e docente do Departamento de Letras, Lica Hashimoto, o curso é uma oportunidade de vivenciar a cultura japonesa. “No Japão, os grandes mestres do ikebana são homens, mas aqui no Brasil, o interesse pelo assunto parte inicialmente das mulheres. O curso gostaria de quebrar essa divisão de gêneros” | Foto: Denis Pacheco
Todos os professores têm certificados emitidos no Japão, e passam por uma seleção rígida, baseada em formação e experiência. “Eles ensinam sem cobrar por isso”, revela Lica | Foto: Marcos Santos
Uma das professoras da turma de 2014 foi Maria de Lourdes de Oliveira Francisco, da escola Ikebana Sanguetsu. Cada ano uma escola é escolhida pela Associação de Ikebana do Brasil | Foto: Denis Pacheco
O objetivo do curso é fazer de qualquer flor um arranjo. Para muitos dos alunos é a primeira vez que eles expõem trabalhos artísticos num evento público. O curso não realiza provas, e a única exigência é 85% de presença nas aulas | Foto: Marcos Santos
“A presença”, conta a professora Lica, “é um sinal de disciplina, responsabilidade e do sucesso da relação mestre-aluno. O contato é muito importante para a arte”, pontua | Foto: Denis Pacheco
A professora Maria de Lourdes dá aulas desde 1981, nada menos que 33 anos de profissão. É a segunda vez que ela leciona na Casa de Cultura Japonesa (a primeira foi no ano 2000, acompanhada da sua mestra, Hiroko Shiota Hayama, falecida em 2014) | Foto: Marcos Santos
Todas as técnicas utilizadas na composição dos arranjos envolvem diversos materiais, como serrotes, martelos, bambu e as próprias flores. Os arranjos simbolizam tradições milenares, valores morais e até mesmo datas comemorativas, como o Ano Novo | Foto: Marcos Santos
A maioria dos alunos do curso chegou atraída por interesse pessoal, e alguns não sabiam nada sobre arranjos florais. “O curso não tem idade, todos podem participar. É um trabalho de auto-motivação”, diz a professora Ione Brancalião | Foto: Denis Pacheco
A aluna Lucila, que já fez o curso duas vezes, afirma que “sentiu um amor muito grande por parte das professoras”. A sabedoria e a delicadeza das mestras a cativou | Foto: Marcos Santos
O curso abre novos pontos de vista e ensina a arte dos arranjos e da convivência com o próximo. “Onde quer que haja pessoas, que haja flores”, parafraseou as palavras de seu mestre a Ione. Para ela o professor também aprende bastante com os alunos | Foto: Marcos Santos
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