Alicia Nascimento Aguiar / Assessoria de Comunicação da Esalq
Nascida no Rio Grande do Norte, na capital Natal, criada em Campinas, interior de São Paulo. Aos 18 anos saiu de casa para fazer cursinho em São Paulo a fim de ingressar na faculdade. Como muitos adolescentes prestou vestibular para diferentes cursos, pois teve dificuldades de escolher sua carreira tão jovem. Gostava igualmente das áreas de humanas e biológicas mas notou, em 2007, que a área de biológicas lhe proporcionaria atuar profissionalmente e viajar, duas atividades pelas quais é apaixonada. Foi assim que Laura Almeida Penalva ingressou no curso de Ciências Biológicas (Bacharelado) na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e decidiu incrementar sua formação realizando também a Licenciatura, curso que acaba de concluir.
O Serviço de Graduação (SVG) da Esalq identificou que essa aluna é a 14.000ª diplomada pela instituição e ela comenta sua trajetória. “Sempre gostei de estar envolvida com a natureza, de estudar e entender melhor como ela é composta e como se equilibra dinamicamente. Reconheci, na adolescência, a necessidade de nos integrarmos melhor ao meio ambiente de forma sustentável para que possamos deixar recursos para as seguintes gerações, além de tornar nossas vidas e de outros seres vivos melhores. Meu objetivo desde criança foi trabalhar em diferentes cidades e conhecer o maior número de ecossistemas possível”.
Laura ingressou na Esalq em 2008 e poderia ter se formado em 2012, após cinco anos da sua graduação. Porém, fez intercâmbio no Canadá, por meio do “Programa Ciências sem Fronteiras”, país em que permaneceu por um ano e meio. Lá, realizou pesquisa sob orientação da professora Janet Koprivnikar, sobre comportamento de girinos, com o título: Lesser of two evils? Foraging choices in response to threats of predation and parasitismo que, inclusive, está em processo de publicação na revista Ecology Letters canadense. “Acredito que temos que aproveitar todas as oportunidades que a graduação oferece e fazer graduação sanduíche. Procurei fazer o máximo possível para desenvolver meu potencial enquanto aluna do bacharelado e agora estou fazendo o mesmo com a licenciatura”, declarou a licenciada.
Além do intercâmbio, Laura fez outros estágios desde o primeiro ano da graduação, participou de outras publicações científicas e apresentou trabalhos em quatro edições do Simpósio Internacional de Iniciação Científica (Siicusp) conquistando, em uma delas, menção honrosa pelo trabalho “Desenvolvimento embrionário das sementes de pimenta cumari (Capsicum baccatum var. praetermissum): testes de germinação e microscopia eletrônica de varredura”, sob orientação do professor Francisco André Ossamu Tanaka, do Departamento de Fitopatologia e Nematologia (LFN). “Gosto de trabalhar em pesquisas do bacharelado e, depois de muitos anos envolvida em estágios em laboratórios, hoje me vejo atuando em novos projetos mais complexos que envolvem diferentes áreas do conhecimento em Ecologia, pois uma de minhas metas é estudar e trabalhar com ecologia de comunidades e conservação de ecossistemas”.
Atualmente participa, sob orientação da professora Vânia Galindo Massabni, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBD / Capes), iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. “Atuamos na Escola Estadual Professor Elias de Mello Ayres, de Piracicaba, e nos dividimos em grupos que trabalham diversos temas com os alunos. Sou responsável, com outros colegas, pela construção de um jardim sensorial na escola. Esse jardim visa a inclusão social de crianças com necessidades especiais, além de trabalhar com espécies que possam sensibilizar os sentidos de todos os alunos”, declarou.
Laura comentou, ainda, que na licenciatura encontrou muitas coisas que acredita ter afinidade. “Eu não quero seguir com a licenciatura como se fosse uma opção menos importante. Hoje percebo a necessidade de existirem profissionais que estudem e ajudem na formação de professores mais qualificados para atuarem no contexto atual da educação no Brasil. Além disso, acredito que quer seja com pesquisa ou com projetos de extensão, devemos transferir à sociedade aquilo que aprendemos na academia. Pretendo, ainda, fazer pós-graduação em bacharelado e em licenciatura, pois meu sonho é seguir estudando e trabalhando em ambas as carreiras”.
O sentimento ao ficar registrada na história como a aluna de nº 14.000 é de orgulho por ter estudado na ESALQ. “Quando vejo a quantidade de alunos da ESALQ sinto-me feliz por saber que esta é uma escola que forma profissionais qualificados há tanto tempo. Sinto-me honrada em estudar na Universidade que escolhi, de ter aproveitado as oportunidades que me foram oferecidas, por ter tido a felicidade de caminhar por este campus tão bonito, tão agradável, com professores que sempre que precisei me foram solícitos. Estar aqui durante minha graduação me permitiu evoluir em muitos sentidos, não apenas o acadêmico. Ser a 14.000ª aluna é uma feliz coincidência por ser um número tão representativo, mas não vejo diferente de nenhum outro aluno da instituição. Enfim, que venham muitos outros milhares por aí”, concluiu Laura.
De acordo com Raquel Degaspari, chefe do SVG, o acompanhamento dos alunos de graduação é feito com base na grade curricular do ano de ingresso e dos anos subsequentes quando acontecem alterações curriculares. “Por meio do sistema é possível visualizar a situação de cada aluno pelos créditos obtidos e foi por aí que constatamos que Laura é a 14.000ª aluna formada pela da ESALQ”,
Raquel comparou o fato de Laura ser a diplomada de número 14.000 com o sentimento que fica pela realização de tantas formaturas efetivadas na Escola. “Embora a organização e realização da formatura seja parte da nossa rotina, ano após ano, sentimos a sensação do dever cumprido, a satisfação de entregar o produto final à sociedade. Acompanhamos esses alunos desde a matrícula, o ingresso, vivenciamos a situação de cada um deles. A 14.000ª aluna formada marca por ser um número redondo, porém a sensação é a mesma, a de imaginar a satisfação dos pais, a de entregar o profissional para o mercado e para a sociedade”, concluiu.
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