Da Assessoria de Comunicação da Esalq
Desde 1988, o Departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, é responsável pela administração da Estação Experimental de Ciências Florestal de Itatinga (EECF-Itatinga). Essa Estação é um patrimônio da sociedade, reconhecida como um dos mais importantes centros de pesquisa, ensino e extensão universitária do mundo.
No entanto, segundo o coordenador da Estação, professor Silvio Ferraz, do LCF, nos últimos três meses, o Governo do Estado de São Paulo tem consultado a Esalq sobre o uso da Estação em função do interesse da Prefeitura Municipal de Itatinga em utilizar parte da área para a instalação de um polo logístico. “Por isso estamos convocando a comunidade esalqueana, todos os seus ex-alunos, pesquisadores, professores e profissionais ligados ao setor agrícola, florestal e de meio ambiente a apoiar este movimento visando sensibilizar o Governo do Estado de São Paulo da importância desta área para o setor florestal, para a ciência nacional e internacional, bem como para a conservação do meio ambiente”, destaca o docente.
A Estação tem prestado ainda relevantes serviços ambientais à região onde está instalada. Abriga reservas ecológicas que constituem habitat para 27 espécies de mamíferos e 129 de aves. “A presença dessa fauna indica o bom estado de conservação de suas florestas naturais que compõem um dos mais importantes mananciais hídricos da região”, acrescenta José Vicente Caixeta Filho, diretor da Esalq.
Site e petição
Para tanto, foi lançado o site “Pró Estação Experimental de Itatinga”, contendo informações sobre a importância das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no local e espaço para manifestações em prol da manutenção do espaço sob gerenciamento da Esalq. Além disso, no mesmo endereço eletrônico encontra-se um link para uma petição online que será encaminhada ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Mais de 2 mil pessoas já assinaram, mas pretendemos chegar a um número mais representativo”, reforça o coordenador da Estação. O processo de assinatura da petição é bem simples, basta inserir o nome, email e clicar em “Assine”.
Ensino, pesquisa, extensão
A Estação Experimental abriga 2.175,43 ha às margens da Rodovia Castelo Branco (SP 280). Nos últimos quinze anos, atendeu 2.692 estudantes que complementaram o aprendizado teórico de 37 disciplinas de graduação, de pós-graduação e de colégios técnicos, sendo: 17 disciplinas da Esalq; 10 disciplinas da Universidade Estadual Paulista (Unesp); 1 disciplina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) além de outras 5 disciplinas em faculdades e escolas técnicas do estado de São Paulo.
Em função do regime de manejo do Eucalipto com ciclo de 7 anos, é importante destacar que as pesquisas na Estação são focadas em momentos específicos do ciclo de produção, algumas se concentrando no plantio, outras no desenvolvimento e até mesmo no momento da colheita. Até o momento, o levantamento realizado indicou a realização de 15 dissertações de mestrado, 9 teses de doutorado, 31 artigos publicados, 10 dissertações e 5 teses em andamento, além de outros documentos relativos a atividades de pesquisa realizadas.
A partir do ano 2000, o sistema de busca integrada da USP é capaz de listar 57 dissertações de mestrado e 45 teses de doutorado realizadas em Itatinga, o que demonstra a intensa atividade científica e acadêmica pela Universidade de São Paulo nesta área. “Para se ter uma ideia do volume, uma busca rápida com o termo “Estação Experimental de Itatinga” na base de dados do Google Schollar, indica a existência de 575 trabalhos, considerando somente aqueles disponíveis na web a partir do ano 2000. Atualmente, além das atividades acadêmicas e de projetos de iniciação científica, é possível identificar 50 projetos de pesquisa sendo conduzidos na área”, finalizou Silvio Ferraz.
Mais informações: site http://lcf.esalq.usp.br/proestacao
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