Caio Albuquerque / Assessoria de Imprensa da Esalq
Aplicar conhecimentos sobre genética e melhoramento de plantas em favor da produtividade da soja e da sustentabilidade. Essa é a missão de cinco estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, sendo dois do programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas e três do curso de Engenharia Agronômica.
Com orientação do professor José Baldin Pinheiro, do Departamento de Genética (LGN), eles formam o time Breeders of the future, e concorrem ao “Thought For Food” (TFF). A iniciativa é um desafio internacional proposto pela Syngenta, que tem por meta premiar a melhor ideia para garantir a segurança alimentar no ano de 2050, quando estima-se que a população mundial atingirá 9 bilhões de pessoas.
O projeto tem como foco melhorar geneticamente a soja, tornando-a menos suscetível ao complexo de percevejo, praga que causa severos danos à cultura. Além de desenvolver novas variedades, o grupo pretende ainda identificar marcadores moleculares ligados a características de resistência. “Estes QTLs poderão ser utilizados para acelerar a seleção de genótipos resistentes, mesmo sem a presença do inseto nos experimentos”, ressalta Mônica Ferreira, membro da equipe e pós-graduanda na Esalq.
A intenção é obter uma cultivar de soja não transgênica denominada LQ Gloriosa, naturalmente resistente aos danos provocados pelo ataque de percevejos, insetos extremamente nocivos à cultura. Com o desenvolvimento de um genótipo que agregue resistência e elevada produtividade o grupo irá cooperar para a maior produção de alimentos, de maneira sustentável, reduzindo a aplicação de inseticidas. “Assim, melhorando sua produtividade e desempenho agronômico, teremos uma melhor utilização das áreas onde a sojicultura faz-se presente, bem como maximizaremos o fornecimento do grão para abastecer o mercado, que aliás abrange uma diversidade de setores agropecuários e industriais)”, comenta Matheus Dominiquini, aluno de Engenharia Agronômica e integrante dos Breeders of the future” Além de Matheus, fazem parte do time as graduandas Jéssica Gimenez e Sabrina Della Bruna, e também a doutoranda Fabiani Rocha.
Engajados com o desafio, os esalqueanos criaram uma página no facebook e um perfil no twitter, onde divulgam o trabalho da equipe, incluindo postagens sobre as atividades semanais, além de notícias e conhecimentos relacionados ao melhoramento genético, incidência de percevejos na soja e pesquisas relacionados à Genética Geral, No site do prêmio também é possível acompanhar a realização das tarefas e o desenvolvimento da proposta.
Estão inscritos na edição 2014 do TFF 336 times de 51 países. Os trabalhos passarão por um júri ainda em dezembro, quando serão anunciados os 10 finalistas que apresentarão suas propostas em fevereiro, em atividade programada para ocorrer em Lisboa. O vencedor receberá um prêmio de U$10 mil.
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