Todo ano ocorrem duas etapas de inscrições para as vagas do FIES: em janeiro/fevereiro, e em junho/julho. Vale a pena disputar uma vaga no Fies, pois o financiamento estudantil é subsidiado com juros abaixo da média do mercado. Confira:
Só para você ter uma ideia da quantidade de oportunidades de vagas com financiamento pelo FIES, só no primeiro semestre de 2016 foram 250 mil vagas. E, no segundo semestre de 2016 foram 75 mil vagas, disputadas por 294 mil candidatos. Mesmo assim há muitas vagas ociosas, e sempre abrem listas de espera e processos de matrícula simplificada para vagas remanescentes.
O limite de renda familiar mensal per capita para os candidatos mudou de 2,5 para 3 (três) salários mínimos mensais. Se você fizer bem a conta, cabe quase o Brasil inteiro ali nesta nova regra. Confira como calcular sua Renda Familiar:
As novas regras do FIES
Novas Regras do Fies – Você já pode ver as novas regras logo abaixo e ir calculando as suas chances para as Vagas do Fies 2017: Não vale ‘zerar’ na Redação; Não vale ter menos de 450 pontos de média nas provas objetivas; Vale a nota do Enem desde a edição de 2010; E, é preciso cumprir o critério socioeconômico de Renda Familiar exigido (detalhes a seguir). A oferta de vagas é grande, mas os fatores de restrição deixam muita gente de fora.
A preferência para oferta de vagas do FIES é para cursos de graduação das áreas da Saúde, das Engenharias, e cursos de Licenciatura para formar professores. 60% do total das vagas estão ‘carimbadas’ para as áreas preferenciais. Veja a seguir as Vagas Remanescentes de 2016 e as regras detalhadas do programa de Financiamento Estudantil.
Inscrições abertas em janeiro/fevereiro – Fique de olho!
Os juros do financiamento do FIES custam menos que a taxa da inflação. Veja as contas: Para um curso de cinco anos de duração, com R$ 1 mil de mensalidade, você pode pagar apenas R$ 628,00 por mês, começando as prestações só um ano depois de formado.
Na prática o financiamento é subsidiado pelo caixa da União, mantido pela arrecadação dos impostos. Veja no final do post o Simulador Oficial do Fies.
Renda Familiar – Mas, só podem concorrer candidatos com até 3 (três) Salários Mínimos de Renda Familiar Bruta Mensal Per Capita. Antes, era de 2,5 salários mínimos este limite. Se você não domina o cálculo, veja aqui como fazem a conta bem simpoes para identificar a Renda Familiar em 5 minutos. Confira abaixo as regras para inscrição no Fies 2017.
As Regras do Fies 2017
Veja aqui as regras básicas que já foram divulgadas pelo MEC. As inscrições vão ocorrer no final de junho, com seleção pela Nota do Enem (vale o Enem desde 2010). As vagas não ocupadas ou vagas de candidatos selecionados que não fizerem matrícula vão para uma edição extra de Vagas Remanescentes no mês de agosto, com critérios mais simples para reservar e ocupar as vagas.
1 – Disputa pela Nota de Corte do Enem – As vagas disponíveis para o Financiamento pelo FIES 2017 entram num Sistema (como no Sisu e no Prouni), e o candidato seleciona o curso que pretende. A disputa pelo financiamento se dá pela Nota de Corte do Enem. A nota da redação do Enem é critério de desempate.
2 – Outros critérios do Fies 2017 são que os cursos de Microrregiões do país que têm baixos Índices de Desenvolvimento Humano terão prioridade. Adicionalmente, os cursos de graduação com melhores notas em indicadores de qualidade terão também a preferência em vagas a serem financiadas.
3 – Candidatos precisam ter média mínima de 450 pontos nas provas objetivas do Enem e não podem ter zerado na Redação. A nota do Enem passa a ser classificatória na disputa entre os candidatos. Vale o Enem desde 2010;
4 – Cursos avaliados com notas 4 e 5 (muito altas) nos critérios do MEC têm a prioridade para ofertar vagas pelo Fies;
5 – Prioridade para Microrregiões com baixos Índices de Desenvolvimento Humano;
6 – 70% das vagas serão para cursos das áreas da Saúde, das Engenharias, e para Formar Professores;
7 – Os juros passaram de 3,4% ao ano para 6,5% ao ano;
8 – O limite de renda familiar mensal per capita passou para 3 (três) salários mínimos. Veja aqui como calcular sua Renda Familiar em apenas 5 minutos;
9 – As vagas para o Fies 2017 serão disputadas pelos candidatos num sistema ‘similar ao Prouni’. O candidato escolhe o curso que pretende e ‘joga’ a nota do Enem para disputar uma das vagas que serão financiadas. Ganha o financiamento pelo Fies 2017 quem tiver as melhores notas. Mas, no Fies o candidato pode concorrer a apenas um curso;
10 – Inscrições para o Financiamento Estudantil 2017- Aguarde aqui : Inscrições FIES 2017
E você, vai tentar um financiamento pelo “novo” Fies 2017?
Faculdades e Universidades com vagas sobrando dão Bolsas de Estudo de até 75% – Uma alternativa que você tem para o Fies é conseguir uma Bolsa de Estudos diretamente com as Faculdades e Universidades particulares de todo o Brasil. O Programa Rede Alumni Quero Bolsa agrupa a oferta de 396 instituições. A inscrição é gratuita. Veja aqui como fazer o cadastro para Bolsas de Estudo.
As Universidades e Faculdades criaram programas próprios para conceder bolsas de estudo e descontos para quem não conseguir entrar nestes programas do governo. É o Programa Quero Bolsa, com o cadastro gratuito de vagas em cursos de graduação com bolsas e descontos em todo o País. Concluir o Ensino Superior vale super a pena. Não deixe de conferir a oportunidade das Bolsas de Estudo.
Fies – Veja o que você precisa:
Como o processo tem uma tramitação burocrática que pode chegar a um ou dois meses, em muitas instituições você tem que arcar com a despesa da matrícula e, provavelmente, das primeiras mensalidades.
Mas, quando o processo de inclusão ao Fies estiver concluído estas primeiras parcelas que você pagou deverão ser reembolsadas a você pela faculdade ou universidade.
Para solicitar o financiamento no Fies 2016 os candidatos precisam ter feito pelo menos 450 pontos nas provas objetivas do Enem desde 2010, e não podem ter zerado na redação. Veja abaixo alternativas de financiamento privado para quem não se encaixar nas regras do Fies.
Confira aqui um Passo a Passo sobre como fazer a sua inscrição para o FIES
Veja o perfil de quem não pode solicitar o Fies?
Não pode solicitar o Fies: Quem estiver em situação de trancamento geral das disciplinas do curso no momento da inscrição no programa. Se você estiver com a faculdade trancada, volte, para só depois se inscrever.
Não pode solicitar o Fies: Quem já contou com o benefício do programa em situação anterior. Você só pode financiar sua faculdade uma vez pelo Fies!
Não pode solicitar o Fies: Quem esteja devendo parcelas do Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC), que era um benefício semelhante, mas que foi desativado em 1999, com a implantação do Fies.
Não pode solicitar o Fies: O estudante cuja renda familiar mensal bruta per capita seja superior a 2,5 salários mínimos. Também não pode solicitar o Fies, o estudante cujo percentual de comprometimento da renda familiar mensal bruta por pessoa seja inferior a 20%. E, quem já tem curso superior completo não pode também solicitar o Fies. As regras para concorrer ao Programa Universidade Para Todos são diferentes. Veja quem pode ter bolsas de Estudo do Prouni.
Simulador do Fies
Você pode fazer agora mesmo uma Simulação do Fies, para saber quanto você teria que pagar depois se contratar um Financiamento pelo Fies. Basta você acessar o Simulador do Fies no site do próprio Ministério da Educação e preencher os campos solicitados de valor da semestralidade (a soma das 6 (seis) mensalidades de um semestre, e a duração do curso, em anos. O proprio sistema calcula os juros e o valor da parcela futura. Acesse aqui.
Dica 2: Veja aqui como fazer faculdade agora e pagar depois.
Histórico de idas e vindas, e muita confusão no MEC com o Fies em 2015. Veja:
Desde que o SisFies voltou a funcionar em fevereiro a quantidade de problemas que foram registrados diariamente, levou centenas de milhares de candidatos a novos financiamentos à sensação de insegurança se iriam ou não conseguir o Fies para confirmar a matrícula com financiamento nas instituições particulares. O MEC alegava que a quantidade de acessos criava lentidão no sistema, mas isso não acontecia nos anos anteriores. Na origem de todo o problema estão os cortes no orçamento do Governo Federal, que levaram à restrição na quantidade de dinheiro disponível para o Fies.
O auge da crise ocorreu na metade do mês de março quando estudantes passaram noites em claro em laboratórios de informática de universidades para tentar fazer a inscrição ou a renovação do financiamento, sem sucesso. Depois desta mobilização #ados com o financiamento pelo FIES. Desde a segunda semana de março de 2015 os estudantes passaram a se mobilizar novamente, chegando a passar noites em claro para tentar concluir as operações no SisFies, sem sucesso.Depois desta mobilização as coisas começaram a mudar.
O MEC garantiu que todos os contratos antigos seriam renovados. O SisFies para novos contratos, no entanto, iria atender uma parte dos candidatos a partir de prioridades para cursos com os melhores indicadores de avaliação nos critérios do MEC (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior). Com notas de 1 a 5, teriam mais vagas contempladas os cursos com nota 5 e 4 no Conceito Preliminar de Curso (muito confuso para os calouros).
Entenda a crise do Fies 2015
Milhares de calouros 2015 no País todo passaram janeiro inteiro e até quase o final de fevereiro de 2015 sem saber o que fazer para efetivar a matrícula e estudar em universidades privadas. Durante este periodo o novo ministro da educação, Cid Gomes, declarou que pretendia criar um sistema centralizado no MEC para selecionar os candidatos e autorizar o financiamento, como se fosse um ‘Sisu do Fies’.
Cid Gomes queria um controle do valor das mensalidades no sistema, sendo que os reajustes anuais não poderiam superar a inflação. Existe mesmo o risco de ficarem de fora do ‘Novo Fies’ instituições que tenham reajustado as mensalidades acima da inflação nos períodos anteriores.
O ex-ministro sinalizou ainda que as vagas pelas regras futuras a serem financiadas pelo Fies teriam quantidades determinadas nas instituições, com o critério de seleção final pela nota do Enem e pela qualidade do curso. A promessa era anunciar as novas regras em fevereiro, mas…
“O futuro do Fies vai levar em conta a qualidade dos cursos. Estamos financiando a oportunidade do ensino superior a esses jovens, não dando dinheiro”, disse o então ministro Cid Gomes no começo de fevereiro, complementando que não defe fazer parte do Fies “induzir os jovens a fazer cursos que não deem a eles expectativa salarial”. Um novo ministro da Educação (Renato Janine Ribeiro) assumiu em abril, e não trouxe novidades. Não mudou o discurso ainda.
Mas, o fato é que até que isto venha a ser criado milhares de estudantes estão com a vida acadêmica trancada. A propaganda do Governo Federal nos últimos anos e de maneira ainda mais forte em 2014 estimulou o sonho universitário dos jovens colocando o Fies como uma solução ao alcance de todos. Foram 154 mil novos contratos em 2011; 377,8 mil em 2012; 560 mil em 2013, e 731,3 mil em 2014. A expectativa do mercado educacional de acordo com as promessas da então candidata Dilma Roussef na campanha eleitoral de 2014 era de 500 a 650 mil novos contratos pelo Fies em 2015.
Há um complicador no orçamento do Governo Federal: O Fies empresta aos alunos com juros de 3,4% ao ano, mas o Governo pega este mesmo dinheiro emprestado no mercado pagando juros de 12% ao ano. O juro subiu para 6,5% a ano em agosto de 2015. Mas o custo do dinheiro para o Governo Federal subiu para 14,5% ao ano. Esta diferença vira uma espécie de subsídio às mensalidades, e que é pago por todos os brasileiros, pois vira dívida da União. Ou seja, todos nós é que estamos ‘pagando junto’ as mensalidades cobradas pelas instituições. O dinheiro arrecadado com todos os impostos federais é que ajuda a pagar a dívida do Governo Federal com as universidades e faculdades privadas.
Até 2014 era uma lua de mel só a propaganda que o MEC fazia do Fies. Mas, agora em 2015, o discurso mudou, e as portas se fecharam. Ao olhar os números dos anos anteriores, é possível afirmar que neste 1º semestre de 2015 pelo menos trezentos a quatrocentos mil candidatos que estão com a vida universitária trancada porque acreditavam no financiamento pelo Fies,e ficaram de fora do financiamento. O sonho acabou assim, de repente, ao contrário de toda a propaganda feita no ano passado.
Post Produzido por Carol Grechi.
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