Na última quinta-feira, 11 de julho, estive na FIERGS para ser um dos palestrantes da 20ª edição do Encontro Nacional das Empresas Juniores, ou, simplesmente, ENEJ 2013. Tive a honra de ser o primeiro palestrante convidado – e confirmado, é claro – ainda em janeiro, quando recebi a visita dos meus ex-alunos Gustavo Lembert e José Bianchin, ambos estudantes de Administração de Empresas na UFRGS, que gentilmente fizeram questão de fazer o convite pessoalmente.
Depois de comparecer a dois dos quatro dias de evento, posso afirmar, com plena convicção, que participei de algo grandioso. Gostaria, portanto, de pedir licença para compartilhar algumas coisas que aprendi.
- Aprendi que os jovens da geração digital, nascidos a partir de 1990, não colocam em primeiro lugar a segurança e o sucesso financeiro; para eles, trabalho tem que ter significado, propósito e senso de responsabilidade;
- Aprendi que a energia dos participantes é verdadeiramente ilimitada;
- Aprendi que tem muita gente – mas muita gente mesmo – querendo fazer a diferença e ser o exemplo;
- Aprendi que, felizmente, há ouvidos que valorizam o que um José Pacheco e um Barry Schwartz têm a dizer, mesmo eles pertencendo a uma geração totalmente analógica e, portanto, aparentemente antagônica em relação à atual;
- Aprendi que educação, sustentabilidade e responsabilidade social não são simplesmente palavras da moda, mas sim preocupações autênticas da imensa maioria dos integrantes dessa geração;
- Aprendi que, assim como a minoria de vândalos cujas ações ameaçaram a legitimidade das manifestações que recentemente tomaram conta do país, desvios isolados de comportamento, totalmente incompatíveis com a formação educacional dos participantes, acontecem – mas os bons são maioria e, felizmente, condenam energicamente tais atos;
- Aprendi que quem realiza um evento desse porte, mesmo com tão pouca idade quanto a da ampla maioria dos organizadores, é capaz de conquistar qualquer coisa na vida.
- Aprendi que o Hino Nacional Brasileiro, quando cantado por quem quer fazer desse país um lugar melhor, é um gatilho de emoção dos mais impressionantes e faz, até mesmo, os céticos da minha geração e das anteriores acreditarem que é possível;
- Aprendi que, em um mundo que contabiliza um número cada vez maior de impacientes, desinteressados e indiferentes, ainda posso nutrir a esperança que me move e continuar ajudando um aluno de cada vez.
Mais uma vez, muito obrigado ao Gustavo, ao José e a todos os integrantes da comissão organizadora por terem me oferecido a chance de participar de um evento verdadeiramente lindo. Sigam em frente, cultivem a emoção, mantenham a alegria… e não desistam nunca!!!