O Vice-Presidente da República pede a instituições de ensino superior para criarem mecanismos que tornem mais fácil o acesso a bolsas por parte dos estudantes e afirma que Executivo quer universidades mais próximas dos cidadãos.
As instituições do ensino superior nacionais devem facilitar o acesso às bolsas de estudo, apelou o vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, na cerimónia de abertura do novo ano académico, que decorreu sob o lema Por um ensino superior rumo à excelência, na cidade do Luena, Moxico.
No leque das recomendações avançadas, Manuel Domingos Vicente aconselhou igualmente a que as universidades estejam cada vez mais próximas dos cidadãos, sublinhando que o Executivo tem feito esforços para oferecer um ensino de maior qualidade, de maneira a criar oportunidades equitativas de acesso, considerando o fluxo de estudantes provenientes do II ciclo do ensino secundário.
A dedicação afincada aos estudos e a capitalização das oportunidades de acesso ao conhecimento que lhes são oferecidas, a apresentação de propostas inovadoras ao corpo directivo das universidades e ao Ministério do Ensino Superior, de forma a apoiarem o desenvolvimento de programas que incentivem a maior participação dos estudantes em projectos de investigação científica são, entre outras, tarefas recomendadas pelo vice-Presidente da República.
Manuel Vicente pediu ainda que as instituições de ensino superior se organizem, de modo a diversificarem as suas fontes de receitas, evitando limitações do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Executivo preocupado com formação de quadros
A questão da formação de quadros qualificados que correspondam à dinâmica de crescimento e de desenvolvimento do País tem sido uma das principais preocupações do Executivo, disse o governador da província do Moxico, João Ernesto dos Santos.
O governador, que falava também no acto de abertura oficial do ano académico, reiterou que esta atenção do Executivo tem em consideração o Plano Nacional de Formação de Quadros, que se propõe cumprir a médio e longo prazo. Para João Ernesto dos Santos, a escolha da cidade do Leste para acolher a abertura do ano académico não foi acidental:
” Vai contribuir para o fortalecimento da esperança num futuro próspero, para a consolidação das perspectivas de desenvolvimento do ensino superior na região académica número 5, com sede no Huambo, e que abrange ainda as províncias do Bié e Moxico”
…explicou.
Actualmente, o País conta com sete universidades públicas, 11 institutos e quatro escolas superiores públicas, integradas em sete regiões académicas.
Funcionam também dez universidades e 30 institutos superiores privados.
Aprovados regulamentos para atribuição de bolsas
Na mesma semana, dois projectos de decretos presidenciais aprovaram os regulamentos de bolsas internas e externas para a frequência de cursos de mestrado e doutoramentos, tendo sido avaliados positivamente pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros.
As modalidades de acompanhamento dos estudantes bolseiros, durante e após o período de formação, constam igualmente das duas propostas analisadas no encontro dirigido pelo vice-Presidente da República.
Na ocasião, de acordo com o quadro de estratégia do Executivo de criação e desenvolvimento de instituições de ensino superior públicas, a Comissão analisou ainda o projecto de decreto presidencial para se criar a Academia de Estudos Avançados.
Foi apreciado o projecto de decreto presidencial que aprova o estatuto orgânico do Ministério do Ensino Superior, que estabelece as regras de criação, estruturação, organização e extinção dos serviços de administração central do Estado e organismos legalmente equiparados.
A Academia de Estudos Avançados terá como objectivo primordial formar, em especial, quadros a nível nacional com os graus de mestre e doutor, assim como realizar investigação científica, com o intuito de participar de forma activa no processo de desenvolvimento e modernização do País. Para o vice-Presidente da República, o Executivo espera que os jovens cresçam qualitativamente, não só no domínio do conhecimento e ensino, como também na tomada de consciência de que deles depende a consolidação dos pilares da nação.