Do Jornal da USP
Em meio a famílias com crianças curiosas, uma parte do público da 1ª Virada Científica da USP se destaca pelas características em comum: são jovens na faixa dos 16 a 20 anos que se preparam para prestar o vestibular. Em duplas ou pequenos grupo
s, eles chegam à Cidade Universitária preparados para caminhar grandes distâncias entre as unidades, debaixo do sol forte deste sábado de manhã.
As motivações são várias. Alguns querem conhecer um pouco das profissões a que pretendem se dedicar, outros são movidos por uma genuína curiosidade científica. “Queremos ver o que vale para a faculdade e o que vale para cultura”, explica Thauanne Duarte, 16 anos, estudante do curso técnico em logística do Instituto Técnico de Barueri. Thauanne vai prestar medicina e veio à Virada com outros três amigos da escola. A primeira atração que conferiram foi a Célula Gigante no Instituto de Biologia (IB).
Na sequência, o grupo se planejava para visitar o Instituto de Astronomia, Geociências e Ciências Atmosféricas (IAG) e o Instituto de Física (IF), para assistir a uma sessão do Show da Física. Sobre o vestibular, um dos meninos do grupo, Eberton Vieira 16, explica que quer fazer economia e que seu foco sempre foi a USP. Bruno de Carvalho, 16, corrige o amigo: “O seu não, o nosso foco sempre foi a USP. Eu quero fazer engenharia de produção”.
Os irmãos Kevyn e Michael Zapelão, 20 anos, moram em Guarulhos e vieram ao Butantã também dispostos a fazer a longas caminhadas pelo campus. Kevyn presta a Fuvest neste ano para o curso de marketing, mas também tem interesse por física e biologia. “Este ano será um teste, para ver o nível de dificuldade da Fuvest, e aí no ano que vem será para valer”, conta ele. Já Michael largou a faculdade de análise e desenvolvimento de sistemas e agora está em dúvidas sobre qual carreira seguir. “Saí porque o curso não exigia muito. Agora, estou em dúvida sobre prestar matemática ou ciências da computação”, diz o jovem, que deixou o vestibular de lado enquanto não decide o curso.
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