Alunos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Andrei Signor e Géssica Steffens, ambos de 21 anos, partiram para um intercâmbio de um ano e meio na Deakin University, em Melbourne, na Austrália, por meio do Ciência sem Fronteiras. Com o cancelamento de editais para Portugal – a primeira opção da dupla -, optaram pela terra dos cangurus, que descrevem como um país jovem, porém muito desenvolvido na área da Arquitetura.
Colegas do sétimo semestre no Brasil, o catarinense de Anchieta e a gaúcha de Severiano de Almeida seguem na mesma turma do outro lado do mundo. Neste primeiro semestre do intercâmbio de um ano e meio, Andrei e Géssica têm aulas de inglês. Nos dois semestres seguintes, voltarão aos cálculos, aos projetos e às maquetes. Confira o relato escrito em dupla sobre a experiência e enviado por e-mail.
Por que escolheram a Austrália?
A Austrália surgiu como oportunidade após os editais em que estávamos inscritos para Portugal terem sido cancelados. Ficamos muito animados com a possibilidade de escolher a Austrália. As belezas naturais e a diversidade cultural também nos animaram bastante. Lemos muitos blogs e sites de jovens intercambistas que haviam estudado aqui, e sempre nos pareceu uma experiência muito satisfatória.
Como foi a preparação para o intercâmbio?
Não tivemos muito tempo para nos prepararmos, visto que estávamos terminando o semestre na UFFS. No entanto, foram vários processos burocráticos para podermos viajar, como exames, procurações, visto, passagens, processo de mobilidade acadêmica, além de muita ansiedade. Foram aproximadamente dois meses de expectativa, tanto nossa quanto de familiares para que tudo desse certo.
Como tem sido a experiência até agora?
Incrível! A experiência está sendo realmente maravilhosa, estamos aprendendo muito, conhecendo novos lugares, fazendo amigos e aproveitando todas as oportunidades ao máximo. Precisamos estudar muito, pois somos bastante cobrados pela universidade, mas também não deixamos de lado as festas, os passeios e os momentos de lazer. É uma vida bastante intensa! Às vezes, bate aquela saudade dos amigos e da família _ nada anormal _, mas compreendemos que isso é uma fase e que logo os encontraremos novamente. Aos poucos, vamos nos encaixando no modo de vida das pessoas e trocando experiências. Melbourne é uma cidade efervescente, e tudo parece funcionar muito bem nela!
Como tem sido a relação com os colegas?
Essa é outra particularidade muito interessante. Convivemos com pessoas do mundo todo. Temos colegas de países como China, Japão, Vietnã, Tailândia, Arábia Saudita, Malásia, Sri-Lanka, Índia, Peru, Turquia, Iraque _ sem falar nos australianos e nos brasileiros, que não são poucos aqui! A diversidade na escola de idioma é gigantesca. No início, foi um pouco inusitado, mas depois começamos a nos acostumar e construir amizades, afinal de contas, estamos todos aqui por motivos parecidos.
Há muitas diferenças no estilo das aulas na Austrália em comparação com o Brasil?
Um pouco. Em geral, as turmas são bem menores, as aulas ocorrem em períodos mais curtos, com horários livres para utilizar as salas de estudo. As aulas, em geral, consistem em orientação dos professores. Grande parte das atividades acaba sendo feita em casa. Um ponto notável é a infraestrutura da universidade. Temos à disposição uma grande diversidade de aparatos tecnológicos e ambientes de estudo.
Quais são as expectativas com relação ao intercâmbio?
Vemos esse intercâmbio como uma grande oportunidade. Estamos aprendendo e amadurecendo muito com ele. Nossa expectativa é aproveitar todas as oportunidades que o nosso curso oferece, aprender o idioma, fazer muitos amigos e conhecer o máximo sobre todas as culturas com que estamos em contato. A gente quer levar da Austrália, além do aprendizado, memórias maravilhosas.